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Diferença entre os camelídeos dos Andes

Além das lhamas: 4 espécies de Camelídeos – ícones naturais e culturais dos Andes

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Em todo o mundo, existem 6 espécies de camelídeos e 4 são nativos da região dos Andes: lhama, alpaca, vicunha e guanaco.

Ao longo da majestosa cordilheira que se estende pela América do Sul, se abriga essa rica variedade de camelídeos, especialmente no Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Equador.

Embora compartilhem características físicas e ancestrais, cada um possui particularidades que os tornam únicos, não apenas em sua biologia, mas também na cultura e história dos povos andinos.

O que são camelídeos

Camelídeos são mamíferos ruminantes, adaptados pra viver em condições extremas, como desertos e altas montanhas, graças às suas características fisiológicas, como a habilidade de regular a temperatura do corpo e a eficiência na utilização de água e alimentos.

A família Camelidae possui duas subfamílias, Laminae e Camelinae. Uma delas é a Camelinae, que inclui os camelos e dromedários, nativos das regiões áridas da Ásia e da África. Já a Laminae, por outro lado, engloba os camelídeos sul-americanos (llama, alpaca, vicunha e guanaco).

Nas regiões onde vivem os camelídeos, eles são importantes pra a economia e a cultura local, pois são utilizados pra transporte, produção de lã, carne e leite, além de participarem de práticas culturais e rituais.

Diferença entre os camelídeos dos Andes

As diferenças entre lhamas, alpacas, vicunhas e guanacos podem parecer pequenas em primeiro momento, mas neste artigo do UMASULAMERICANA você vai aprender sobre a reconhecê-las. Agora, durante tuas viagem, vai saber identificar rapidamente quem é quem entre os camelídeos dos Andes.

Lhamas, um símbolo cultural dos Andes

Domesticadas há mais de 6 mil anos, as lhamas são as mais famosas dentre dos camelídeos andinos.

Têm orelhas compridas em forma de lâmina e uma pelagem mais leve e variada em comparação com seus parentes camelídeos. Assim, o preço da lã de lhama é mais acessível nas lojas e feiras de artesanatos. A lã de lhama é um material importante para os habitantes dos Andes, que a utilizam como isolante térmico.

Além de serem encantadoras, as lhamas desempenham um papel crucial no transporte de cargas na região andina, suportando até um quarto de seu peso corporal. Vale mencionar que grande parte das pessoas que habitam os Andes são indígenas e campesinas.

Durante o apogeu do Império Inca, por exemplo, as lhamas eram essenciais pra o transporte de uma diversidade de itens através das extensões do império pelos Andes, desde o Sul da Colômbia até o Norte da Argentina.

Além disso, domesticaram as lhamas pra o consumo de sua lã e carne.

Porte e Tamanho: As lhamas são os maiores entre os camelídeos dos Andes, podendo pesar até 150 kg e ter uma altura de cerca de 1,2 metros até os ombros.

Pelagem e Lã: Possuem uma pelagem grossa que pode ser de várias cores, utilizada em menor grau para a produção de fibras.

Comportamento e Temperamento: Conhecidas por sua inteligência e capacidade de carregar cargas pesadas. Podem ser teimosas e cuspir como defesa.

Simbolismo e Importância Cultural: Pra os povos andinos, as lhamas são presentes dos deuses, essenciais pra sobrevivência nas montanhas. Símbolo de prosperidade e bem-estar.

Lendas e Tradições: Parte central em cerimônias e rituais andinos, oferendas à terra e aos deuses pra garantir boas colheitas e prosperidade.

Hábitat: Adaptadas à vida na altitude dos Andes da Bolívia, Peru, Argentina, Chile e Equador.

Alpacas, vestindo as comunidades andinas há milênios

Assim como a lhama, a alpaca é um camelídeo domesticado nos Andes, por causa de sua lã excepcional e sua carne.

Ela habita as elevações andinas do sul do Peru, oeste da Bolívia, norte do Chile e noroeste da Argentina, até os 4 mil metros de altitude.

É comum observar grupos desta espécie em praticamente todos os cenários dos Andes.

As alpacas se distinguem das lhamas por seu pescoço extenso, focinho mais achatado e uma pelagem mais uniforme, longa, densa e fina. Além disso, as alpacas são mais baixas que as lhamas.

Durante tuas visitas às feiras de artesanto nos Andes, é bem possível que você tenha que desembolsar um pouco mais pra adquirir uma peça original de alpaca.

Isso porque a alta qualidade e a maciez da fibra, superior inclusive ao cashmere, a tornam altamente valorizada no mundo todo. A lã de alpaca está disponível em até 22 tonalidades, o que permite a confecção de cachecóis, casacos e outros produtos.

Camelideos da América do Sul - Alpacas

Porte e Tamanho: Alpacas são menores que as lhamas, pesam até 65 kg e têm uma altura de cerca de 0,9 metros até os ombros.

Pelagem e Lã: Sua lã é fina, macia e altamente valorizada, considerada uma das melhores fibras naturais do mundo. Vêm em uma grande variedade de cores.

Comportamento e Temperamento: Mais dócil que as lhamas, são animais coletivos e tranquilos, preferindo viver em rebanhos.

Simbolismo e Importância Cultural: Assim como as lhamas, as alpacas são símbolos de prosperidade e bem-estar, essenciais pra a sobrevivência nas montanhas andinas.

Lendas e Tradições: Uma lenda andina conta que a alpaca foi presente da deusa Pachamama (Mãe Terra) pra os povos andinos, fornecendo-lhes assim tudo de que precisavam pra sobreviver.

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Vicunhas, as pequenas selvagens dos Andes

A vicunha habita as montanhas e planaltos do Chile, Bolívia, Peru, e Argentina, além de haver populações reintroduzidas no Equador.

Rebanhos de vicunhas vivem em áreas selvagens de estepes e desertos. Aliás, dentre as quatro espécies, é a única que habita exclusivamente em regiões elevadas. Prefere terras que se estendem de 3 mil a 5.500 metros de altitude.

Este animal é o menor dos camelídeos dos Andes, com um comprimento que varia de 1,45 a 1,6 e uma altura de até 80 cm até os ombros. Vale destacar que é o camelídeo mais leve do mundo, pesando cerca de 50 kg.

Mas não se iluda! Apesar de sua aparência delicada, a vicunha é, com certeza, o mais robusto desses quatro animais.

A vicunha se distingue por seu tamanho mais reduzido, a presença de um tufo de pelos no peito e nas laterais, e pela coloração castanha tanto no rosto quanto no corpo. Além disso, ela é um camelídeo selvagem na América do Sul, por isso você só poderá vê-la ao ar livre!

Esse camelídeo andino, que prefere se alimentar de grama e coiron, está classificado como em Perigo de Extinção (EN).

Porte e Tamanho: Vicunhas são os menores e mais esbeltos camelídeos dos Andes, pesando cerca de 50 kg.

Pelagem e Lã: Produzem a lã mais fina e cara entre todos os camelídeos, de cor marrom clara com partes inferiores brancas.

Comportamento e Temperamento: Extremamente selvagens e tímidas, vivem em grupos familiares liderados por um macho.

Simbolismo e Importância Cultural: Já foram associadas a rituais de sacrifício Inca pra assegurar a fertilidade e a prosperidade, mas hoje são protegidas por leis de conservação.

Lendas e Tradições: São destaque em muitas lendas andinas, ressaltando seu papel como animais sagrados e essenciais pra a sobrevivência das comunidades.

Guanacos, os mais aventureiros e velozes dentre os camelídeos dos Andes

Enfim, há o guanaco, que é considerado a forma selvagem da lhama e da alpaca, destaca-se como o mais “aventureiro” entre os camelídeos dos Andes.

Ele se encontra disperso pela Cordilheira dos Andes, abrangendo desde o Altiplano até as extensões da Patagônia, e alcança até mesmo a Terra do Fogo, no extremo Sul da Argentina.

Os guanacos formam grupos sob a liderança de um macho dominante que supervisiona várias fêmeas. De fato, esta espécie é considerada a mais “atlética” dentre os camelídeos andinos, possuindo uma notável agilidade que lhes permite realizar grandes saltos e superar obstáculos como cercas que invadem seus territórios.

Assim como a vicunha, o guanaco desfruta de liberdade. Mas distinguir ambos é fácil: o guanaco possui um dorso marrom, ventre branco e face cinza, além de orelhas curtas e retas.

Assim como a vicunha, o guanaco é protegido por legislações específicas. Apesar disso, seu pelo não chega à qualidade nem da fibra de alpaca nem da lã de vicunha, o que geralmente resulta em um custo mais acessível para produtos derivados de seu pelo.

Sua carne, por outro lado, tem encontrado um crescente apelo comercial, sendo cada vez mais valorizada em mercados e restaurantes.

Além do guanaco, outro camélido andino que desfruta de liberdade é a vicunha, com o guanaco distinguindo-se principalmente por sua coloração.

Porte e Tamanho: Têm um tamanho semelhante ao da lhama, mas são mais esbeltos, pesando cerca de 90 a 140 kg.

Pelagem e Lã: A pelagem é áspera comparada à das alpacas e vicunhas, de cor marrom com partes inferiores brancas.

Comportamento e Temperamento: São animais selvagens, com um forte instinto de fuga e capazes de correr a velocidades elevadas.

Simbolismo e Importância Cultural: Representam a liberdade e a selvageria dos Andes. Valorizados pela sua capacidade de sobrevivência em ambientes inóspitos.

Lendas e Tradições: Embora não sejam tão presentes nas lendas como as outras espécies, os guanacos são valorizados como parte integrante dos ecossistemas andinos e importantes pras comunidades locais.

História e evolução dos Camelídeos dos Andes na América do Sul

Guanacos vivem na Patagônia

Acredita-se que os ancestrais dos camelídeos andinos tenham migrado da América do Norte pra América do Sul através do Istmo do Panamá, que antigamente conectava os dois continentes. Essa migração teria ocorrido há cerca de 2,5 milhões de anos, durante o período geológico conhecido como Plioceno. Uma vez na América do Sul, esses animais começaram a evoluir e se adaptar aos diversos habitats do continente.

Os primeiros camelídeos sul-americanos eram provavelmente semelhantes aos camelos modernos, mas ao longo do tempo, adaptaram-se às condições específicas da América do Sul, desenvolvendo características únicas.

Por exemplo, a lhama e a alpaca foram domesticadas pelos povos indígenas da região dos Andes há milhares de anos para serem usadas como animais de carga e para a produção de lã.

A vicunha e o guanaco, por outro lado, permaneceram selvagens e são encontrados em áreas montanhosas e planícies da América do Sul. Essas espécies desenvolveram adaptações impressionantes pra sobreviver em ambientes extremos, como altas altitudes e variações climáticas significativas.

Ao longo de milhões de anos, os camelídeos dos Andes continuaram a evoluir e se diversificar, dando origem às espécies que conhecemos hoje. Apesar das pressões ambientais e das atividades humanas, esses animais ainda desempenham um papel importante nos ecossistemas da América do Sul e na cultura das comunidades andinas.

Agora que você está mais familiarizada com os fascinantes camelídeos que habitam os Andes, te convido a aplicar seu conhecimento na identificação desses animais quando estiver viajando. Que tal me marcar em suas publicações no Instagram? Marca @umasulamericana pra eu saber se você conseguiu identificar bem!

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