Chavín de Huantar – passeio às ruínas arqueológicas em Huaraz, no Peru

Chavín de Huantar é uma das atrações mais visitadas em Huaraz, no norte do Peru. As ruínas do povo Chavín mostram a forma de vida que eles levavam, baseada na dualidade.

O sítio arqueológico de Chavín de Huantar são Patrimônio Mundial da Unesco desde 1985, mas as pesquisas do povo e do sítio começaram em 1919.

A cultura Chavín

O povo Chavín teria ocupado a região de Ancash entre 1400 a.C e 400 a.C, sendo uma das primeiras culturas pré-incas.

A cultura dos Chavín não tinha foco militar, mas sim religioso. Eles acreditavam fortemente na dualidade: feminino e masculino; bem e mal; branco e negro… Essa dualidade é essencial pra o equilíbrio das coisas, segundo eles acreditavam.

Chavín de Huantar é o sítio arqueológico mais importante da cultura Chavín. Infelizmente muita coisa se deteriorou com o tempo e com os terremotos que rolaram no local.

Chavín de Huantar

As ruínas de Chavín e Huantar ficam na cidade de mesmo nome, perto de Huaraz, na região de Ancash.

No complexo do sítio há passagens subterrâneas, um templo de 12 metros de altura, portais, centros cerimoniais, pirâmides e praças, além de ambientes agrícolas.

Uma das coisas que mais surpreendem na cultura Chavín, é a maneira como eles trabalhavam as pedras, fazendo esculturas perfeitas, como as cabeças clavas e o totem El Lanzon.

Todas as construções e esculturas de Chavín de Huantar possuem dois lados: o macho e a fêmea, o homem e a mulher, o bem e o mal, etc.

Como chegar em Chavín de Huantar

A melhor maneira de visitar Chavín de Huantar é contratando uma agência em Huaraz, cidade base para conhecer várias atrações naturais do Parque Nacional Huascarán.

As agências cobram cerca de S/35 e inclui o transporte, guia e parada na Laguna Querochoca.

Já para ir por conta própria, os ônibus de Huaraz a Chavín custam S/12 cada trecho, sendo S/24 cada trecho. Estando lá, contrate um guia pra entender o complexo e visitar os pontos mais importantes.

Quanto custa visitar Chavín de Huantar

Além do valor gasto para chegar em Chavín de Huantar, há a entrada. Diferente dos S/152 que se paga para visitar Machu Picchu, a entrada de Chavín custa apenas S/10, sendo S/5 para crianças, idosos e estudantes.

Caso vá por conta, terá que arcar com o valor do guia – indispensável pra conhecer o sítio. Os guias locais cobram cerca de S/40 para qualquer tamanho de grupo.

O almoço nos restaurantes escolhidos pelas agências custa entre S/25 e S/35. Eu me afastei do grupo, que aguardava na fila do restaurante, e encontrei um lugar vazio com pratos a partir de S/17.

Se quiser economizar mais, leve seu lanchinho!

No total, o custo para conhecer Chavín de Huantar com agência é de S/45, em média.

Como é o passeio por Chavín de Huantar

A van saiu às 9h30 de Huaraz e pegou a estrada para Chavín de Huantar. A paisagem pela janela é incrível! Não durma. O dia tava lindo e o céu despegado, como eles falam por lá.

Paramos primeira na Laguna Querococha, com águas cristalinas e refletindo o azulão do céu. Na região da lagoa fazia muito frio, por causa da altitude. Ela está a quase 4 mil metros de altitude. Tivemos só 30 minutinhos por ali e seguimos viagem.

Pouco mais adiante paramos pra ver o mapa do Peru nos montes – eu não consegui ver mapa nenhum! Veja na imagem ali em baixo se consegue decifrar isso aí.

Passamos pelo Túnel de Kahuish, que dá boas-vindas à Chavín. Ali perto está a estátua de Jesus Cristo de Ancach.

Chegamos finalmente em Chavín e tava muito calor! Eu tava de blusinha regata e tirei a parte de baixo da calça bermuda.

Caminhamos por mais de duas horas. Apesar de ser pequeno, o tour é bem completo: andamos pelas praças, entramos nas galerias subterrâneas – inclusive a que guarda o ‘El Lanzón’, o obelisco de granizo onde foram esculpidas feições humanas misturadas com animais, conhecemos o templo, as Escadarias Branca e Negra, etc.

Além do El Lanzón, um dos artefatos mais esperados em Chavín de Huantar é a única cabeça clava que restou no muro. As outras cabeças estão expostas em um museu.

Fomos almoçar já era perto das 15h – eu tava morta! Mesmo naquele horário, o restaurante tava lotado e tinha pratos muito caros pro meu bolso de mochileira.

Me afastei um pouco, entrando numas ruas, e achei um lugar com pratos mais baratos e sem ninguém! Pedi uma truta frita, uma Coca e virei atração entre as crianças. Elas ficaram chocadas com as minhas tatuagens e também me pediam pra falar coisas em português – que fofos!

Depois disso fomos para o Museu Chavín, que foi doação japonesa. Lá estão reunidas algumas peças retiradas do sítio arqueológico de Chavín de Huantar. Lá está o Obelisco original, a estela Raimondi e algumas cabeças clavas.

A entrada no museu custa S/10. Eu não entrei porque tava muito cansada e passando mal por causa da demora pra comer.

Retornamos a Huaraz antes das 19h e eu só fui buscar minha mochila no hostel pra poder pegar um ônibus noturno para Lima e, de lá, seguir para Huacachina.

Dicas sobre Chavín de Huantar

• Faça o passeio no primeiro dia em Huaraz. Além de ser uma ótima opção de aclimatação, depois de atrações como Laguna 69, Laguna Parón e Glaciar Pastoruri, Chavín fica sem graça.
• Como o passeio começa depois das 9h, chegando de Lima no ônibus das 6h, você consegue fechar o passeio pro mesmo dia.
• Leve um lanchinho para comer antes do almoço, já que ele rola bem tarde.
• Você não precisa comer junto com o grupo do passeio. Restaurantes mais afastados são mais baratos.
• Coloque uma roupa que se adeque ao frio da Laguna Querococha e ao calorão que faz em Chavín. Não esqueça do casaco corta-vento.
• Se sente do lado esquerdo da van, porque a vista da janela é mais bonita.
• Passe bastante protetor solar e labial.
• Se previna e cuide para amenizar os sintomas do mal de altitude.

Passeios

• Glaciar Pastoruri
• Laguna Parón
• Laguna 69
• Chavín de Huántar

Gastos

S/ 420
R$ 440
USD 130

Rotas

⇒ Lima
em ônibus
⇐ Lima
em ônibus

Hospedagem

Hostel Andescamp – USD5 / dia (comp.)
Hostal La Cabaña – UDS8 / dia (indiv.)