Trekking Vale do Pati na Chapada Diamantina – Guia completo
Caminhar dias em meio à natureza da Chapada Diamantina é uma experiência pro corpo e pro espírito. O trekking do Vale do Pati, no coração do Parque Nacional, é uma vivência de superação, contemplação e conexão, não apenas com a natureza, mas com a história deste lugar!
Na imensidão do Vale do Pati, diante de tanta grandiosidade, a gente se sente tão pequena! Longe da vida urbana e sem sinal de celular, na experiência de caminhar no trekking do Pati, a gente se perde na noção do tempo e se encontra nos sons que moram no silêncio!
A Travessia do Vale do Pati, dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, é considerada um dos trekkings mais lindos do Brasil. Vales, morros, cachoeiras, rios, paredões e campos gerais compõe a natureza a ser vivenciada.
A caminhada pode durar entre 3 e 10 dias, dependendo do percurso e da disponibilidade de cada pessoa. Então este artigo do UMASULAMERICANA serve como um guia passo a passo, pra você se planejar pra fazer o trekking do Vale do Pati: distancias, campings, como chegar, a melhor época pra fazer a travessia e tudo mais. Bora?
O mágico Parque Nacional da Chapada Diamantina
Com uma área de 152 mil hectares, o Parque Nacional da Chapada Diamantina (ParnaCD ) é uma área protegida pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e preserva uma parte da Serra do Sincorá, parte norte da Serra do Espinhaço, uma cadeia montanhosa que se estende de Minas Gerais até a Bahia.
Essa região é um show de diversidade ecológica, no qual se apresentam três biomas distintos do Brasil: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
A Chapada Diamantina foi instaurada como Parque Nacional em 1985 e sua criação teve como objetivo principal a preservação e conservação de uma área de extrema importância ambiental, cultural e histórica.
Essa região outrora esquecida no interior baiano, se tornou famosa no século 19 pela exploração de diamantes, o que gerou um intenso impacto na vida das pessoas locais e também na paisagem. Juntamente com a criação do parque, houve a preocupação em proteger não apenas a natureza e suas características únicas, mas também os sítios históricos, culturais e as comunidades que habitavam (e ainda habitam) a área.
Com paisagens exuberantes, abençoadas por rios, cachoeiras e uma geologia singular, a Chapada Diamantina possui grande valor natural e turístico e é um lugar ideal pra caminhadas, mountain bike, mergulhos em rios, escaladas e canoagem, permitindo uma imersão completa na natureza e na vida local.
São quase 300 quilômetros de trilhas, incluindo o Vale do Pati, que atravessam campos rochosos, cerrados e mata atlântica, perfeito pra amantes de trekking. Assim, o parque abriga 33 cachoeiras, incluindo a majestosa cachoeira da Fumaça, com seus 390 metros de queda, duas cavernas, dez locais pra escaladas, 16 sítios históricos e o Marimbus, uma área alagada conhecida como o Pantanal da Chapada Diamantina.
Onde fica a Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina fica localizado na Bahia, a aproximadamente 300 quilômetros de Salvador e o acesso ao Parque Nacional se dá por 38 trilhas em diferentes municípios como Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras.
A sede administrativa tá localizada em Palmeiras, mas não há estruturas institucionais, como guaritas ou centros de visitantes dentro do Parque Nacional, e, consequentemente, não é cobrada taxa de entrada.
Como chegar na Chapada Diamantina e no Vale do Pati
A área do Parque Nacional é acessível através da rodovia federal BR-242 e de algumas estradas estaduais. Há serviços de ônibus regulares e um aeroporto no município de Lençóis. O transporte entre os municípios vizinhos ao parque é limitado, geralmente realizado por vans particulares em trechos específicos.
Já o acesso ao Vale do Pati, que é uma faixa geográfica dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, se dá a pé. É que não há estradas para automóveis. É com a ajuda de animais, como éguas e burros, que os moradores fazem o transporte de cargas até suas casas.
Existem diversas maneiras de acessar o Vale do Pati, mas as rotas mais frequentemente utilizadas são pelo Beco do Guiné, em Mucugê, pelo Bomba, no Vale do Capão, e pela Ladeira do Império, localizada em Andaraí.
No meu caso, com mais 4 mulheres, alugamos uma casa no Vale do Capão por dois meses. Durante nossa estadia, fizemos o trekking do Vale do Pati (sem guia). Diferente da maioria das caminhantes, não fizemos uma travessia e sim um circuito. Começamos e finalizamos pelo Bomba, mas na ida pelo Rancho e na volta, ao final de 7 dias, via Calixto.
Trekking do Vale do Pati
Com cerca de 15 km de caminhadas diárias, muitos desníveis, o trekking no Vale do Pati pode durar vários dias e por diferentes caminhos.
Embora compartilhem alguns pontos principais:
Veja aqui a trilha que fiz pelo Vale do Pati
Mirante do Pati na travessia do Pati
O Mirante do Pati é um dos pontos mais emblemáticos do Vale do Pati, na Chapada Diamantina. Localizado em um ponto estratégico nos Gerais do Rio Preto, tem uma daquelas vistas inesquecíveis numa deslumbrante panorâmica da entrada do vale, revelando assim toda a imponência e beleza da região.
Cachoeira dos Funis, natureza e história da Chapada Diamantina
Situada em uma área histórica de garimpo, a Cachoeira dos Funis é uma das atrações naturais da Chapada Diamantina e pode ser visitada durante a travessia do Vale do Pati.
O nome “Funis” se refere aos funis de lavagem de diamantes que eram utilizados na atividade de garimpo na região. A cachoeira é então conhecida por sua beleza singular, composta por quedas d’água que deságuam em uma ampla e encantadora piscina natural. A água escura, cristalina e refrescante é um ótimo ponto pra se refrescar e descansar da caminhada.
Além da Funis, há as cachoeiras da Altina e das Bananeiras.
O imponente Cachoeirão por cima e por baixo
O Cachoeirão é uma das maravilhas naturais mais impressionantes a serem vistas durante o trekking do Vale do Pati. Com aproximadamente 270 metros de altura, existem duas maneiras de contemplar o Cachoeirão: por cima e por baixo.
- Por cima: A vista superior do Cachoeirão, que se chega por trilhas que proporcionam uma visão panorâmica e deslumbrante de cima da cachoeira.
- Por baixo: A trilha que leva até a base do Cachoeirão, uma perspectiva completamente diferente. É uma caminhada desafiadora, que desce até o nível inferior da cachoeira, permitindo assim se banhar no poço e renovar a energia nas águas.
Morro do Castelo, ícone do trekking do Vale do Pati
O Morro do Castelo é uma formação rochosa icônica na Chapada Diamantina, e fica no centro do Vale do Pati. Essa elevação rochosa recebeu esse nome devido à sua semelhança com um castelo quando visto de certos ângulos.
Localizado no topo da Serra da Lapinha, o Morro do Castelo é famoso por abrigar a Gruta do Castelo, uma enorme caverna de quartzito esculpida pela ação da natureza ao longo de milhares de anos. Essa gruta é assim um dos pontos mais emocionantes da travessia do Pati.
Pra chegar à Gruta do Castelo, fizemos uma trilha bem íngreme até o mágico topo do Morro do Castelo. A caminhada pode ser desafiadora, com subidas íngremes e terrenos acidentados, mas a recompensa é excepcional.
Poço da Árvore, um paraíso no Pati de baixo
Descendo mais o vale, entrando numa zona conhecida como Pati de baixo, você encontra o Poço da Árvore, um complexo de poços e cachoeiras. Cercado por árvores que crescem nas margens e rodeado por morros, esse lugar tem uma atmosfera única e inspiradora.
Este poço não é tão frequentemente visitado, porque a maioria das visitantes com guias não fazem o trekking do Vale Pati na parte debaixo. Confesso que isso só melhora a experiência, porque nadamos peladas a manhã toda!
Cachoeira do Calixto, quase isolada
Assim como o Poço da Árvore, a Cachoeira do Calixto é um lugar pouco visitado pela maioria das pessoas que fazem o trekking do Vale do Pati.
O trajeto até a Cachoeira do Calixto serpenteia pela densa Mata Atlântica, oferecendo sombra ao longo da maior parte do caminho. Ao alcançar a cachoeira, você vai ver um amplo poço natural, perfeito pra um refrescante mergulho e uma deliciosa queda d’água. No entanto, as pedras no entorno tendem a ser escorregadias, exigindo uma caminhada cuidadosa e pausada pra garantir a segurança.
Nível de Dificuldade da Travessia do Vale do Pati
Quando fui convidada pra viver na Chapada Diamantina e fazer o trekking do Vale do Pati, minha primeira preocupação foi: qual é o grau de exigência física desta aventura?
Vale lembrar que o nível de dificuldade é uma soma de fatores, como distância total, qualidade do solo e inclinações, por exemplo. Aqui no UMASULAMERICANA já tem um artigo falando sobre níveis de dificuldades em trilhas.
Assim, as trilhas da Travessia do Pati são classificadas como de dificuldade moderada a difícil. São jornadas longas, que duram muitos dias e com muitos trechos de ascenso e descenso, alguns bastante íngremes, com necessidade de escalaminhar. Embora pessoas de todas as idades possam realizar o trekking, é necessário ter um bom nível de condicionamento físico, além de uma boa dose de disposição.
Quem não tem familiaridade com trilhas, recomendo realizar algumas trilhas antes de viajar pra Chapada Diamantina, ou que foque em outras trilhas do parque, deixando a travessia do Pati pra uma próxima oportunidade!
Quantos dias pra fazer o trekking do Vale do Pati
Os roteiros de trekking no Vale do Pati costumam variar em duração, geralmente de três a cinco dias pra percorrer os principais pontos.
Essa é uma estimativa padrão pra percorrer as trilhas e os atrativos mais procurados da região, permitindo às aventureiras apreciar a paisagem, as cachoeiras, as formações rochosas e a vida local. No entanto, é possível estender a viagem, aumentando o tempo dentro do vale e fazendo rotas de trekkings diferenciadas no Vale do Pati.
Na minha experiência, que foi autoguiada com um grupo de amigas (todas experientes em trilhas e travessias), foram 7 dias num trekking circular, passando pelo Pati de cima e de baixo, ambos trechos via Capão, onde eu estava morando.
Algumas amizades e pessoas conhecidas chegaram a passar 10 dias caminhando no Vale do Pati.
Onde começa e termina a travessia do Vale do Pati
Como já mencionei, existem diferentes maneiras de percorrer o Pati e diferentes maneiras de entrar e sair do vale pra conhecer os principais atrativos, como o Mirante do Pati, o Morro do Castelo, a Cachoeira dos Funis, o Cachoeirão, por exemplo.
.No trekking do Vale do Pati, alguns caminhos mais comuns e populares são:
- Capão – Andaraí: A travessia mais antiga e famosa (5 dias) é a que inicia no Vale do Capão e termina em Andaraí, fazendo uma travessia bastante completa.
- Guiné circular: Atualmente a maioria das agências e guias têm optado pela trilha de 3 dias, iniciando pelo Guiné, fazendo um percurso circular, retornando por Guiné via Aleixos.
- Guiné – Andaraí: Outro ponto de partida comum é a vila Guiné fazendo a travessia até a vila de Andaraí e tem duração de 3 a 4 dias.
- Circuito do Pati via Capão: Um percurso pouco usual e que requer mais dias de caminhada, entre 5 e 7 dias, o trekking circular via Capão pode ter início e pelo Bomba seguindo pra o Rancho e terminar pelo Bomba via Calixto, ou vice e versa.
Enfim, os caminhos podem variar em termos de dificuldade, duração e atrações ao longo do percurso. Cada rota oferece experiências únicas, com paisagens deslumbrantes, cachoeiras, mirantes e a rica vida da Chapada Diamantina. É importante considerar as condições físicas, o tempo disponível e as preferências individuais antes de escolher o caminho a ser percorrido no trekking do Vale do Pati.
Sobre a contratação de guias pra fazer a Travessia do Vale do Pati
A questão com guias na Chapada Diamantina é bastante controversa. Eu mesma vivenciei algumas experiências conflituosas com algumas pessoas enquanto morei no Capão justamente por ter feito o trekking do Pati sem guia.
Primeiramente, é importante saber que NÃO é obrigatória a contratação de guias ou agências pra conhecer o Parque Nacional da Chapada Diamantina. No site oficial da ICMBIO está muito claro ao afirmar que “É recomendável contratar um condutor de visitantes e sempre informar algum familiar sobre a atividade que você vai realizar”. Ou seja, não é obrigatório, mas recomendável.
Porém, antes de tudo, é importante reconhecer as próprias capacidades e limites. Se você não sente segurança em fazer por conta e pode investir financeiramente, faça a contratação de guia.
Contudo, se assim como minhas amigas e eu, você se garante, possui experiência em outras travessias e conhece as ferramentas necessárias, pode fazer o Vale do Pati sem guia.
Fazer o trekking do Pati sem guia significa ter mais liberdade no roteiro e no tempo dentro do vale, mas isso também quer dizer mais responsabilidades. É preciso se planejar muito mais, saber calcular as distâncias, a quantidade de alimento e ter aplicativos e equipamentos indispensáveis. Além disso, você vai fazer a travessia com a mochila mais pesada que quem faz com guia e agência.
Vou fazer um vídeo com dicas pontuais pra quem vai quer fazer o trekking do Vale do Pati sem guia. Se inscreva no canal pra não perder!
Indicação de guia: José, um amigo mochileiro que se tornou guia na Chapada e faz o Pati semanalmente – Instagram @vidaentremundos
Quanto custa fazer o Trekking do Vale do Pati
Ao planejar a parte financeira da travessia do Pati, leve em consideração três principais pontos:
- Guias ou agências: Se optar por contratar um guia ou agência para organizar a viagem, os custos podem incluir taxas de guia, alimentação, transporte, equipamentos, entre outros. Os valores variam conforme os serviços oferecidos e a duração da expedição.
- Alimentação: Se for fazer o trekking de forma independente, os custos com alimentação podem ser calculados levando em conta a compra de mantimentos e equipamentos necessários pra os dias de caminhada.
- Hospedagem: Dentro do Vale do Pati, existem algumas opções de hospedagem, como casas de moradores locais que oferecem pernoite e alimentação. Apesar de não ser muito divulgado, é possível fazer camping selvagem ao longo do trekking.
- Transporte: Os custos de transporte pra chegar até o ponto de partida da trilha e retornar ao seu ponto de origem também devem ser considerados. Isso inclui transporte público ou privado, dependendo da localização e das preferências.
Custos do Trekking do Pati com agências e guias
O custo da travessia do Vale do Pati com guia ou agência pode variar muito, dependendo do roteiro e tipo de contratação que você fizer. Mas, em média, os preços giram em torno de R$400 por dia e por pessoa com tudo incluido: transportes, guia, alimentação e hospedagem.
Quanto custa a travessia do Vale do Pati por conta própria
O investimento com guia e agência pode ser bastante alto pra algumas pessoas. Por outro lado, fazer por conta própria pode diminuir muito os custos financeiros.
Eu, Por exemplo, fiz o trekking do Pati sem guia e com camping selvagem. Em duas das noites acabei dormindo nas casas de apoio dos moradores locais, você pode ver o dia a dia aqui.
No transporte particular do Vale do Capão até o Bomba na ida e do Bomba pra o Capão na volta, investimos R$60 cada uma.
A primeira noite de camping na casa de apoio da Igrejinha custou R$25 por pessoa sem café da manhã. A terceira noite dormimos na Casa da Patrícia (ou Casa do Agnaldo), onde pagamos R$48 cada por dividir a cama (o valor da noite sem café da manhã é de R$80). Ou seja, em hospedagem investimos R$73 no total, já que as outras 4 noites foram de camping selvagem.
Com alimentação o custo é muito pessoal, mas você pode imaginar pelo que costuma consumir em dias comuns: no Pati você vai desjejuar, comer um lanche no almoço e jantar cedo. Além de ter umas comidinhas aleatórias pra laricar na trilha.
Quanto custa a entrada do Parque Nacional da Chapada Diamantina?
O Parque Nacional da Chapada Diamantina não possui guaritas ou portarias, assim não há cobrança de tarifas de entrada. A entrada é totalmente gratuita, inclusive o Vale do Pati.
Melhor época pra fazer o Vale do Pati
A melhor época pra fazer o Vale do Pati é durante a estação seca na região da Chapada Diamantina, entre abril e outubro. Durante esses meses, as condições climáticas são mais estáveis, com menor probabilidade de chuvas intensas. Assim, facilita a vida de quem tá a fim de percorrer as trilhas vivendo uma experiência mais agradável e segura.
Eu fiz no final de outubro e ainda tava bastante seco, apesar de que ter pegado dois dias de chuva. Mesmo assim, os poços e cachoeiras estavam secos. Pude caminhar sobre as pedras no leito do rio e ter uma experiência mais bonita num percurso mais seguro, porém muitas das aguas estavam rasas e com água parada.
Julho e agosto podem ser meses bastante populares devido às férias escolares, havendo um aumento na procura pelo trekking do Pati na região. Mas considere o frio que faz na região, especialmente durante a noite.
Sempre recomendo evitar a temporada de chuvas, que na Chapada Diamantina rola principalmente entre novembro e março. As trilhas podem ficar mais escorregadias e complicadas devido ao aumento do volume de água nos rios e cachoeiras, além do potencial de tempo instável e imprevisível.
Assim, considero que os meses de abril, maio e junho são ideais pra fazer o Vale do Pati. A vegetação está mais verde por causa das chuvas. Além disso, e o clima é mais ameno, com temperaturas agradáveis durante o dia e mais frescas à noite. O nível dos rios, poços e cachoeiras vão estar ótimos.
Como é o clima no Vale do Pati
O Vale do Pati tá localizado na Chapada Diamantina, que por sua vez está localizada numa região de serras no centro da Bahia. Parte de uma vasta cordilheira conhecida por Serra do Espinaço, possui um clima predominantemente tropical de altitude, que chega até 2033 metros acima do nível do mar.
Assim, durante o dia, as temperaturas geralmente são amenas, variando de quente a fresco, especialmente durante as caminhadas.
No entanto, à noite, as temperaturas podem cair consideravelmente, ficando mais frias, especialmente durante os meses de inverno (de junho a agosto). É comum que as temperaturas noturnas atinjam níveis mais baixos, então é importante estar preparada pras variações térmicas ao longo do dia.
Hospedagem no Vale do Pati: casa de nativas
A comunidade tradicional do Vale do Pati conta com casas de apoio ao turismo. São famílias patizeiras, que ajustaram suas casas, assim tornando-as em refúgios pra receber a galera que chega ao vale.
São dez casas de apoio no Vale do Pati e é altamente recomendável se hospedar nessas casas, inclusive como incentivo a estas famílias.
Em todas as casas de apoio do Pati você vai encontrar refeições, banho e descanso em quartos compartilhados ou privados.
Escolher onde se hospedar durante o trekking do Vale do Pati é uma questão de roteiro, já que é ideal definir qual caminho seguir, pra assim definir onde pernoitar e reservar na casa de apoio.
Algumas delas ficam próximas e o ideal é dividir as estadias pra fazer uma justa distribuição de renda. Por exemplo, se você vai passar duas noites na base do Castelo, pode passar uma noite da Patrícia (Agnaldo) e uma na Dona Raquel.
Além de ter um espaço seguro e confortável, se hospedar na casa das pessoas nativas no Pati te proporciona um contato com a cultura e história local.
A reserva das hospedagens é feita pela agência ou guia que você contratou pra fazer a travessia, mas caso esteja fazendo por conta própria, pode reservar pelo Whatsaap.
- Alto do Luar – +55 75 9128-2170
- Seu Eduardo – +55 75 98190-7153 / +55 75 98247-9816
- João (Dona Raquel) – +55 75 98127-1012
- Seu Jóia e Lêu – +55 75 8275-8313(Alexandre) / +55 75 8204-5904(Max)
- Igrejinha- +55 75 98330-5594
- Prefeitura (Jailso e Maria) – +55 75 99131-9076
- Dona Léia – + 55 75 8329-2657
- Dona Linda – área de camping – +55 75 8109-1234
- Dona Raquel – +55 75 99296-4664
Nem todas as casas de apoio possuem espaço pra camping.
Camping selvagem no Vale do Pati
Durante o trekking do Pati você pode também fazer camping selvagem, ou seja, acampar na natureza em locais sem estrutura, como banheiro e refeitório.
Ao planejar tua travessia sem guia, planeje bem as áreas de camping selvagem, como o camping Vagalume ou o Poço da Árvore, por exemplo. Posso te ajudar a planejar tua viagem através de videochamada, é só clicar aqui e ver como funciona.
As distâncias do Vale do Pati: quanto você anda por dia
As distâncias dependem muito do seu roteiro do Trekking do Vale do Pati na Chapada Diamantina, mas vou deixar aqui o valor aproximado de algumas distâncias pra te ajudar a planejar sua viagem:
- Bomba x Rancho – 9 km
- Rancho x Igrejinha – 10km
- Rancho x Toca do Gavião x 13 km
- Igrejinha x Base do Castelo – 7km
- Base x Castelo x Base – 7 km
- Base x Poço da Árvore – 8 km
- Prefeitura x Cachoeirão por baixo – 18km (ida e volta)
- Prefeitura x Cachoeirão por cima – 11km (ida e volta)
- Poço da Arvore x Calixto – 5 km
- Calixto x Toca do Gavião – 8,5km
- Toca do Gavião x Rancho – 9km
O que levar para fazer o Trekking no Vale do Pati
Fiz este checklist com o que você pode levar na mochila pra fazer a travessia do Pati na Chapada Diamantina:
- 1 mochila pequena pra fazer trilhas menores
- 1 mochila principal grande
- 1 bota de trekking impermeável (usada anteriormente)
- 1 par de chinelos
Camping
- Barraca impermeável
- Colchonete térmico
- Saco de dormir
- Fogareiro e gás
- Varal
Roupas (depende da época)
- 1 jaqueta corta-vento impermeável
- 1 blusa UV manga longa (pode ir lavando no caminho)
- 1 calça
- 1 shorts ou bermuda
- 1 blusa extra
- 1 pijama
- 1 biquini, maiô, sunga
- 1 lenço de trilha (adequado para rosto, pescoço e cabeça)
- 2 Meias de trekking
Higiene
- 1 Toalha de microfibra
- Sabonete e shampoo em embalagem pequena
- 1 pacote de lenço umedecido
- 1 rolo de papel higiênico
Cuidado
- Lanterna de cabeça
- Bastão de trekking
- 1 cantil ou bolsa de hidratação (pelo menos 1 litro)
- 1 boné/chapéu e óculos de sol
- Protetor solar e labial
- Hidratante (ou óleo de coco)
Farmácia
- Relaxante muscular
- Anti-inflamatório caso os joelhos, quadril e tornozelos reclamem (recomendo diclofenaco potássico)
- Curativos
- Gelol ou equivalente em pasta ou aerosol
- Medicamentos pessoais
Enfim, agora você sabe tudo o que precisa pra completar o trekking do Vale do Pati e assim viver essa experiência na Chapada Diamantina, que será mágica, com muito contato com a natureza, com a comunidade local e aprimoramento pessoal.