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Reconhecendo Abya Yala chamamento ancestral pra uma América descolonial (1)

Reconhecendo Abya Yala: chamamento ancestral pra uma América descolonial

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Sabia que a América Latina possui outro nome, carregado de história e significado? Conheça Abya Yala, a Terra Madura em florescimento!

Em meio à vastidão e à diversidade da América Latina, um nome ancestral ecoa: Abya Yala. Pronunciado como “a-bi-a ia-la”, este termo, originário da língua Kuna da região do Panamá e Colômbia, significa “Terra Madura”, “Terra Viva” ou “Terra em florescimento”.

Mas, mais do que uma simples denominação, Abya Yala se configura como um símbolo de resistência cultural e identidade pra os povos originários de todo o continente americano.

Ao longo dos séculos, as lentes coloniais têm distorcido a verdadeira essência e história da América Latina. Então, “Abya Yala” nos convida a rejeitar narrativas impostas e reconhecer a terra ocupada ancestralmente pelos povos nativos antes dos colonizadores europeus.

Assim, é uma maneira de resgatar as identidades e culturas que foram suprimidas pelo colonialismo e construir uma nova compreensão da América Latina, baseada na justiça, na diversidade e na inclusão.

O Que é Abya Yala?

O que significa Abya Yala - origem e pronúncia

“Abya Yala”, na língua do povo Kuna, é um sinônimo pra o nome América, se referindo assim a todo o continente americano, significando “Terra madura”, “Terra Viva” ou “Terra em florescimento”.

O povo Kuna é originário da Serra Nevada no norte da Colômbia e que habitaram a região do Golfo de Urabá e das montanhas de Darien. Atualmente vive na costa caribenha do Panamá na Comarca de Kuna Yala (San Blas).

Apesar de os distintos povos originários que residem no continente atribuírem nomes específicos às áreas que habitavam, como Tawantinsuyu, Anauhuac, e Pindorama, por exemplo, a expressão Abya Yala está sendo cada vez mais adotada pelos povos originários do continente com o intuito de promover um sentimento de unidade e pertencimento.

Assim, este termo reflete também a conexão profunda que a História colonial criou entre povos tão diferentes.

Mesmo já tendo sido mencionada antes, a primeira vez que a expressão foi explicitamente usada com o sentido político de contrapor a designação de América, foi na II Cumbre Continental de los Pueblos y Nacionalidades Indígenas de Abya Yala realizada em Quito, capital do Equador, em 2004.

É a partir de 2007, na terceira edição da Cumbre realizada em Iximche, Guatemala, não apenas se autodenominam como Abya Yala, como também estabelecem uma Coordenação Continental das Nacionalidades e Povos Indígenas de Abya Yala.

Leia também: Desvendando a Alma da América Latina – Um olhar decolonial sobre Deus

Abya Yala vs. América: Uma história de colonialismo e resistência

Abya Yala, nome indigena como sinônimo de América

O nome “América“, imposto pelos colonizadores europeus no século 16, representa um capítulo sombrio na história do continente. A imposição toponímica, carregada de etnocentrismo europeu, apagou então a identidade ancestral e as cosmovisões dos povos que aqui já habitavam.

O nome da nossa região, foi substituído por “América” em homenagem ao mercador, navegador, geógrafo e cosmógrafo italiano Américo Vespúcio, que teve um papel crucial na exploração do continente no início do século 16. Ele participou de expedições marítimas a serviço das coroas de Portugal e Espanha, explorando então a costa leste da América do Sul e Central. Assim, ignoraram as mais 40 a 60 milhões de pessoas nativas que vivam aqui!

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Em contraposição à narrativa colonial, Abya Yala surge como um ato de resgate cultural e descolonização. O termo então reconhece e celebra a rica história e a diversidade dos povos originários, desde os astecas e maias até os mapuches, incas e guaranis.

Recomendo como leitura, Enciclopédia Latina: Abya Yala

Uma viagem pelas raízes

Povos originários de Abya Yala

Reconhecer Abya Yala significa, portanto, embarcar em uma viagem ancestral pelas terras do nosso continente “americano”.

Durante essa viagem, vamos não apenas conhecer a sabedoria milenar dos povos originários, mas também aprender sobre suas cosmovisões, línguas, tradições e costumes. É celebrar a diversidade cultural que floresce em cada canto, desde as paisagens montanhosas dos Andes até as florestas exuberantes da Amazônia.

Quando proponho aqui no UMASULAMERICANA fazer viagens imersivas e decoloniais, é justamente sobre essa jornada: a de reconhecer nossa história, resgatar nossas verdades e desconstruir as mentiras e inverdades impostas pelo sistema colonial que vigora até hoje em nossas veias!

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Conhecer a América Latina de forma decolonial significa reconhecer e respeitar as diversas culturas, línguas e modos de vida que coexistem neste vasto continente. Significa ouvir as vozes dos povos indígenas e afrodescendentes, que há séculos são marginalizados e oprimidos.

Significa também questionar as narrativas dominantes que retratam a América Latina como uma terra exótica e primitiva, de terceito mundo, e em vez disso, valorizar sua riqueza cultural e sua contribuição pra humanidade.

Pra viajar de forma imersiva e decolonial pela América Latina, é essencial ir além dos destinos turísticos convencionais e conhecer comunidades locais, aprender suas histórias e tradições, e apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a justiça social. É importante também desafiar estereótipos e preconceitos enraizados, e estar aberta a novas perspectivas e experiências.

Abya Yala: Um convite à reflexão e ação

Pensamento decolonial Latinoamericano

Abya Yala não é apenas um nome, mas sim a um convite ao pensamento e à atitude. É um chamado à descolonização do imaginário, reconhecendo a história pré-colombiana e valorizando a ancestralidade. É um grito contra o etnocentrismo europeu e a invisibilidade dos povos originários, que ainda lutam por seus direitos e pela preservação de seus territórios.

Assim, ao entender, aceitar e internalizar o nome Abya Yala, nos unimos coletivamente na busca por justiça e reconhecimento histórico e atual. Podemos contribuir pra descolonização do continente de diversas maneiras:

  • Aprendendo sobre a história e a cultura dos povos originários.
  • Apoiando iniciativas que promovem a sustentabilidade e a preservação dos saberes ancestrais.
  • Combatendo o etnocentrismo e o preconceito em nossas ações e palavras, mas especialmente em nossos costumes e cultura.
  • Exigindo dos governos políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários e afrodescendentes.

Coletivamente, podemos construir um futuro mais justo e equitativo pra Abya Yala, onde a diversidade seja celebrada e a ancestralidade seja valorizada.

Lembre-se:

  • Abya Yala é um nome em constante construção, um símbolo vivo da resistência cultural dos povos originários.
  • A luta pela descolonização é um processo contínuo que exige compromisso e engajamento de todas.
  • Ao celebrar a diversidade e a ancestralidade, podemos construir um futuro mais justo e inclusivo pra Abya Yala.

Com essa breve introdução ao universo de Abya Yala, espero ter despertado em você a vontade de conhecer e se reconectar com a nossa América Latina de um ponto de vista de Abya Yala.

Continue sua jornada de descobertas!

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