Day tour na amazônia – Como é o passeio de um dia a partir de Manaus

Manaus é a cidade mais importante do norte brasileiro, mas mesmo assim muitos brasileiros não sabem que a capital do Amazonas é um dos destinos mais incríveis de ecoturismo no país.

Porta de entrada para a selva amazônica, Manaus oferece inúmeros passeios pelo pulmão do mundo. Entre eles está o day tour. Um dia inesquecível e intenso.

O day tour começa logo cedo, perto das 8h, no porto da cidade. Algumas agências buscam na porta da hospedagem. O passeio é todo feito em barco ou lancha.

A primeira parada, não muito distante dali, é no incrível Encontro das Águas. É um fenômeno que ocorre quando águas de dois diferentes rios correm juntos, mas não se misturam. Aqui são os Rios Negro e Solimões. Acho essa parte muito legal e muito “Estou em Manaus”, porque é uma das maiores atrações da cidade.

Depois se segue pelo Solimões por alguns minutos até chegar a uma comunidade flutuante. Essa parte é bem turistona, mas é interessante, além de ajudar financeiramente com a sobrevivência das famílias. Na comunidade há simulação de pesca de pirarucu, um dos maiores peixes de água doce da Amazônia. Você pesca mesmo o animal, mas sem anzol e sem prejudicar a natureza. É só para sentir a força dele.

Também há alguns animais, como preguiça e jacaré. Além de artesanatos para você levar de lembrança.

A terceira parada é para o almoço, que tá incluído no valor do passeio. Pouco antes do meio dia o barco parar em um restaurante flutuante. A comida é muito bem servida e têm muitas opções. Diversos tipos de peixes preparados de diversas formas, carne, frango, massas e muita fruta abastecem os viajantes para os próximos momentos do tour.

Com a barriga cheia, o rolê segue para uma das praias do Rio Negro. Ali vai acontecer um dos mais esperados momentos do dia: o nado com botos. São animais livres atraídos por petiscos para um ambiente demarcado para os turistas. São animais dóceis, que permitem ser tocados e convivem muito bem com humanos, assim como cães. Diante das sardinhas e outros peixes, os botos pulam e circulam os turistas. É muito emocionante poder tocar neles. Quando eu fui o rio estava baixo, por isso tinham menos animais e mesmo assim foi incrível.

E ainda tem mais! Hora de assistir a um ritual indígena e conhecer uma aldeia. Essa parte também é demais. Os índios recebem os convidados e o Pajé conta algumas coisas sobre a comunidade, a tribo e outras curiosidades. Há uma apresentação de danças ritualísticas e no final todo mundo dança junto, inclusive a gente.

Temos algum tempo livre para fotografar, passear pela aldeia e conhecer mais as pessoas que vivem ali. Há artesanatos lindos e muito bem feitos que podem ser comprados também.

Depois disso é hora de voltar para terra firme, levando muitas fotos e histórias bonitas para contar.

Como fazer e quanto custa

Você pode contratar uma das agências espalhadas pela cidade (especialmente no centro) para fazer o passeio. À época em que fiz o tour era baixa temporada (quando os rios estão secos ainda – de julho a dezembro) e encontrei uma variedade de preços. As agências que ofereciam o passeio da forma fiel que descrevi acima cobravam de R$150 a R$200.

No porto, em frente ao Mercado Municipal, há tendas que vendem mais barato, a partir de R$130. Acredito que diretamente no barco é mais barato, mas é necessário saber quais são os barcos (e torcer para ter vaga).

Eu contratei a Iguana (e descobri só depois que no porto era mais barato). No começo a agência foi bem ruim, porque não havia carro para levar os todos os turistas e tivemos que nos apertar em um táxi. Depois tudo correu bem.