Brasileiro ou argentino? Uma comparação dos lados das Cataratas do Iguaçu
“Péle x Maradona” está para o futebol como “lado brasileiro x lado argentino” está para o turismo. Um debate que sempre ouço e leio nos inúmeros grupos de viagem que participo.
Tem gente para defender os dois lados, mas eu faço parte de outro grupo: o do deixa disso.
Para começar, se você tava batendo muito tazo na escola e perdeu essa aula, as Cataratas do Iguaçu está presente na fronteira Brasil-Argentina (Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú). São inúmeras quedas e apenas 3 delas estão dentro do território brasileiro.
Por isso é que existe essa treta. Visitei os dois lados com o coração aberto e olhos curiosos, por isso pude admirar do Brasil e sentir da Argentina a força e o poder que as quedas do Iguaçu têm.
Nesse post vou fazer uma justa comparação entre os lados e pontuar o que tem de melhor e os defeitos deles.
Lado Brasileiro
Começo por aqui porque foi o lado que conheci primeiro. Justo, não?
Esse é o lado da visão panorâmica das quedas. É o lado bom para fotos e para se ter noção do tamanho das quedas.
Pontos Positivos:
- A infraestrutura no lado brazuca dá de 10. O parque é organizado, limpo e sinalizado. Ônibus ecológicos para levar e trazer os visitantes de um ponto ao outro (sem cobrar nada a mais). O restaurante é bacanão, com comida boa (pra caramba). A bilheteria é muito organizada e espaçosa.
- As passarelas oferecem ao visitante muitas possibilidades para ver o conjunto das Cataratas do Iguaçu. Umas que sobrem, outras que descem, outra que chega perto da queda mais pop, a Garganta do diabo, um mirador…
- As fotos daqui são mais bonitas, no geral. Como a vista do lado brasileiro é panorâmica, as fotos acabam ficando mais interessantes.
- O acesso ao parque é muito mais fácil. De ônibus de linha, com preço de ônibus de linha, você pode chegar até o lado brasileiro. Do TTU (o terminal de ônibus de Foz) saem ônibus diretos para lá.
- É barato! Acredite, o ingresso custa R$33 para brasileiros. Muito mais barato que o Cristo ou o preço da sua cervejada na sexta. O resto da galera do Mercosul pagam R$45 (adoro quando o Mercosul paga menos ♥) e outros gringos pagam R$53 – que não é caro. Crianças até 11 anos (de qualquer lugar) e idosos brasileiros pagam R$8. Fala sério!
Pontos negativos:
- No lado brazuca há um passeio chamado Macuco Safari. É muito lindo e muito legal, mas é mais caro que os passeios dos vizinhos.
- Não achei muitos lugares para quem prefere levar seu próprio lanche, coisa que tem bastante no lado argentino.
Lado argentino
Esse é o lado mais aventureiro e natural. Você vai se molhar e ver outros animais, além de quatis (que tem aos montes dos dois lados)
Pontos Positivos:
- Ver as quedas de pertinho. Desse lado você não vai ver as quedas das fotos, mas vai ouvir sua força muito mais alto. Pode preparar a roupa mais fácil de secar, porque desse lado é inevitável. Sua câmera pode ganhar uma daquelas capas especiais, porque essa água toda merece fotos de perto também.
- Os passeios no mesmo estilo do Macuco são bem mais baratos. Dizem que são mais radicais também. Além disso, há mais opções de passeios dentro do parque argentino. Todos os bolsos e gostos podem curtir algo diferente.
- A natureza é muito mais próxima. Tem mais mata e mais animais aqui. Macaquinhos no meio trilha é certeza! Além disso, as passarelas são menos agressivas ao meio ambiente (não que agrida no outro lado, mas é mais eco).
- Ver a garganta do diabo aqui é TOP demais, minha gente! É emocionante o poder dessa queda. E o som?
- Trilheiros trilharão! Enquanto no lado brasileiro o busão ecológico carrega todo mundo, no lado argentino o acesso é caminhando. É nessa hora que você dá de cara com os animais e têm contato com a flora. Tem até trilha sobre o rio. Demais!
- Para a garganta do diabo há um trem para quem não quer ou não pode ir caminhando. Um carrinho leva os impossibilitados e idosos até outras partes.
- Quem quiser ir no dia seguinte novamente paga metade do valor da entrada.
Pontos negativos:
- Acesso caro ao parque. Para chegar ao lado argentino por conta é preciso tomar um ônibus por R$15 (AR$50). Enquanto no lado brazuca o preço é de busão de linha, no argentino o preço é 5x maior que o trecho entre as cidades de Tilcara – Purmamarca (também na Argentina).
- A entrada não é tão barata assim. Gringos pagam R$75 (AR$260), a galera do Mercosul (brasileiros também) pagam R$58 (AR$200) e nacionais pagam R$46 (AR$160). Crianças do Mercosul pagam R$15.
- A bilheteria é pequena. Além de possuir poucos guichês o espaço é pequeno. Não há fitas de organização de filas e acaba virando uma farofada em dias cheios.
Enfim, os dois lados são incríveis. Seus lados ruins não são tão ruins assim e acabam sumindo diante daquela beleza exuberante.
Amigo, você PRECISA conhecer as Cataratas do Iguaçu. Todo e qualquer brasileiro deveria fazer isso. Não é um passeio caro, especialmente quando se fala de uma das 7 Maravilhas Da Natureza, título muito digno.
Fotos – Brasil ♥
3 Comentários
Oi, obrigado para a comparação.
Mas uma duvida tenho, o precio na Argentina é na veradade mais barrato que em Brasil.
Porque precisa um dia completo pra caminar tudo. Mas no lado brasil durar so 3 horas. Tambem pode ingressar segunda dia por meio precio. Entao a final vai pagar mais em brasil que em argentina.
Disculpe para meu portuguese o portunol 😉
Jorge
Olá, Jorge! Sem problemas com o Portunhol! Todos hablamos lo nuevo idioma 🙂
Sim, no lado argentino há muitas trilhas e acaba levando bastante tempo, mas o preço é um só.
No lado brasileiro há algumas atividades, que são pagas, mas que é necessário estar dentro do parque. Para quem se interessa faze-las, o tempo de permanência no parque também é bem extenso. Os preços são justos, acredito.
[…] não dá para fugir das comparações (veja aqui), o lado argentino possui infraestrutura bem inferior, mas oferece muito mais contato com a […]