Cartões Globais: A melhor maneira de levar dinheiro em viagens internacionais

Quem viaja pra fora do Brasil, seja como turista ou como nômade, logo percebe que lidar com dinheiro pode ser mais complicado do que parece. Cada país tem sua moeda, cada banco cobra uma taxa diferente, o câmbio muda o tempo todo, e a gente nunca sabe ao certo quanto tá gastando de verdade até ver a fatura estourando. Foi por isso que eu comecei a usar cartões globais — e hoje, não consigo mais viajar sem eles.
Esse texto é pra quem quer economizar, ter mais controle sobre os gastos, fugir de taxas escondidas e ainda sacar ou pagar no débito como se fosse local. Eu explico aqui o que são esses cartões, como eles funcionam na prática, e quais são os meus preferidos.
Se você vive em movimento, sonha em ser nômade, vai mochilar pela América do Sul, fazer uma eurotrip ou qualquer viagem internacional que seja, esse conteúdo então vai te ajudar.
O que são cartões globais?

São cartões de débito internacional vinculados a contas digitais em moeda estrangeira. Assim, em vez de converter do real cada vez que você faz uma compra, você já tem o dinheiro convertido na conta, com câmbio comercial e taxas mais justas.
Ou seja, você pode fazer compras no débito, saques em caixas eletrônicos internacionais e até receber valores em moedas estrangeiras, sem precisar ter um banco nos Estados Unidos, na Europa ou em qualquer outro lugar do mundo. E tudo direto do app, com segurança e controle.
Veja como levar dinheiro pra viajar pelo Peru
Os melhores cartões globais
Segundo minha ordem de preferencia de cartões globais pra pessoas brasileiras:
1. Nomad – minha companheira de estrada

A Nomad foi pensada pra gente que vive com o pé no mundo. É uma fintech brasileira que oferece conta digital nos EUA, em dólar, com cartão de débito internacional (virtual e físico). Tudo funciona via app — desde a abertura até a conversão de moeda.
Por que eu indico com confiança:
- Conversão com câmbio comercial e IOF de 1,1%.
- Cartão de débito aceito em todo o mundo.
- Saques em caixas eletrônicos internacionais.
- App intuitivo, em português, com suporte rápido.
- Dá pra investir em ações e ETFs nos EUA direto pela conta.
- Dinheiro protegido pelo sistema bancário americano (FDIC).
Além disso, o cartão virtual fica pronto na hora. E o físico pode ser entregue no Brasil ou nos EUA (se você estiver por lá). Eu uso a Nomad como minha conta principal de viagens — e nunca me deixou na mão.
Abrindo tua conta com o código UMASULAMERICANA20 você ainda recebe USD20 de cashback.
2. Wise – perfeita pra quem lida com várias moedas
Por outro lado, se você recebe em euro, libra, dólar canadense ou qualquer outra moeda além do dólar estadunidense, a Wise é a escolha certa. É uma conta multimoeda com conversão justa e dados bancários locais em vários países.
Vantagens pra quem viaja:
- Cartão físico e virtual, aceito no mundo todo.
- Conta com mais de 50 moedas diferentes.
- Dá pra sacar, pagar no débito e transferir valores.
- Conversão sempre com câmbio real e taxas visíveis.
- App com suporte em português.
A Wise é ideal pra quem vive em trânsito por difernetes países, ou pra quem presta serviços pra clientes internacionais. Um pouco mais técnica, mas muito eficiente.
Através deste link, você não paga a primeira taxa spread – uma taxa de serviço de até 2%.
3. Inter Global – uma opção nacional que funciona
Por fim, se você já tem conta no Banco Inter, ativar a conta global pode ser uma boa. Você abre uma conta em dólar ou euro pelo app, transfere o valor que quiser e usa o cartão global nas suas viagens.
Pontos fortes:
- Integração com o app do Banco Inter.
- Conversão com boas taxas.
- Cartão internacional aceito fora do Brasil.
- Boa alternativa pra quem está começando.
O Inter ainda é mais limitado que os outros dois, mas é uma porta de entrada acessível e funcional. Vale testar, principalmente em viagens curtas.
Cartões globais x cartões internacionais tradicionais

A diferença é grande — e real no bolso:
Tipo de cartão | IOF | Câmbio | Controle | Saques | Segurança |
---|---|---|---|---|---|
Internacional tradicional | 3,38% | Dólar turismo + spread | Nenhum | Com taxa | Médio |
Global | 1,1% | Dólar comercial + spread | Total | Com taxa menor | Alta |
Com o cartão global, você escolhe quando converter seu dinheiro — ou seja, dá pra esperar um momento melhor do câmbio. E mais: você vê o valor final antes de confirmar qualquer operação. Nada daquela surpresa amarga na fatura.
Viajar pela América do Sul com cartão global: funciona mesmo?

Sim! Eu já usei em países como Colômbia, Peru e Equador, não apenas pra sacar, mas também pra pagar no débito — e funcionou super bem. Em lugares onde o real não tem muito valor ou onde o câmbio é instável (olá, Argentina), ter uma conta em dólar pra fazer saques em moeda local é uma baita vantagem.
Alguns caixas eletrônicos cobram taxa, então vale testar máquinas diferentes. Mas no geral, é muito mais prático e seguro do que andar com dinheiro vivo ou depender de câmbio paralelo.
Além disso, esses cartões são aceitos na maioria dos estabelecimentos, especialmente nas capitais e cidades turísticas. E como são Mastercard ou Visa, não tem erro.
Dá pra sacar dinheiro com eles?
Dá sim. E essa é uma das melhores partes. Porque, se você estiver num país com moeda fraca ou câmbio volátil, como a Argentina ou a Venezuela, sacar dinheiro local direto do cartão global pode sair muito mais em conta do que trocar real em casa de câmbio ou pagar com cartão brasileiro.
Cada empresa tem suas regras de saque:
- Nomad: oferece 2 saques grátis por mês e gratuita sempre em ATMs da rede MoneyPass.
- Wise: oferece 2 saques grátis por mês (até um certo valor) e depois cobra uma taxa pequena.
- Inter: permite saques com taxas variáveis, dependendo do país e do banco local.
Dica importante: sempre escolha a opção “sacar em moeda local” no caixa, assim você evita conversões automáticas e perder dinheiro com taxas embutidas.
E a segurança? Posso confiar?
Sim, e esse é um ponto que eu levo muito a sério. Todos esses cartões têm sistema de segurança bancária de alto nível:
- Nomad: parceria com banco americano (Evolve Bank), com proteção FDIC.
- Wise: regulada por órgãos financeiros da Europa, Reino Unido, Austrália e EUA.
- Inter: regulamentado pelo Banco Central do Brasil.
Todos os apps têm autenticação de dois fatores, cartão virtual descartável, bloqueio imediato em caso de perda e alertas de transação em tempo real. Você consegue ver cada centavo que saiu, onde, quando e como.
Além disso, usar cartões globais é mais seguro que andar com dinheiro vivo por aí — especialmente em lugares com mais risco de furto.
Qual escolher, então?
Se você é nômade ou vai passar uma temporada viajando por aí, comece pela Nomad. É fácil, leve, segura e prática. Dá pra usar no mundo todo, converter quando quiser e até investir, se for do seu interesse.
Mas vou te dizer: vale muito a pena ter mais de um cartão global na mochila. Primeiro, por segurança. Eu sempre viajo com pelo menos dois, e carrego eles em lugares separados — um comigo, outro guardado na mochila ou doleira. Se algo acontece (perda, furto, bloqueio), você não fica na mão.
Segundo, por economia. Cada cartão tem regras diferentes de saque, IOF, câmbio e promoções. Às vezes uso a Wise porque o saque naquele dia tá com taxa melhor, ou escolho o Inter porque deu cashback numa compra. Fico de olho nesses detalhes e vou jogando conforme a maré.
Se você recebe em outras moedas ou trabalha com clientes de fora, a Wise é uma ótima aliada, com sua conta multimoeda e facilidade pra mandar e receber dinheiro do mundo todo.
E se você tá começando agora nesse estilo de vida ou só vai viajar por uns meses, o Inter pode ser uma porta de entrada tranquila — tem suporte em português, app fácil de usar e você já começa a se acostumar com essa liberdade financeira.
O segredo é usar de forma complementar. Um cartão cobre o outro, e você fica mais livre, protegida e no controle do seu dinheiro — seja nas montanhas do Peru, num mercado em Bogotá ou trocando real por pesos argentinos.
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